Novartis, APCL e SPH voltam a promover investigação sobre Leucemia Mieloide Crónica

Bolsa de investigação clínica vai distinguir o melhor projeto com 15 mil euros

Março 23, 2022
 Novartis, APCL e SPH voltam a promover investigação sobre Leucemia Mieloide Crónica

Até ao dia 31 de maio decorrem as candidaturas da bolsa de investigação clínica sobre Leucemia Mieloide Crónica (LMC), que vai distinguir o melhor projeto com 15 mil euros. Numa iniciativa da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) e da Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH), desenvolvida em parceria com a Novartis, a bolsa volta a ser lançada este ano depois de em 2021 as candidaturas recebidas não terem cumprido os critérios definidos em regulamento.

É fundamental promover e incentivar a ciência em Portugal. Acreditamos que esta bolsa de investigação pode contribuir significativamente para o conhecimento sobre o impacto da LMC na vida dos doentes, identificando necessidades concretas que potenciem o desenvolvimento de soluções que melhorem a qualidade de vida das pessoas com LMC.

Maria Rita Dionísio, Diretora Médica da Unidade de Oncologia da Novartis Portugal

É cada vez maior o número de pessoas que vivem com esta doença, bem como a esperança média de vida dos doentes. A sua história natural sofreu importantes mudanças nas últimas décadas com a introdução de novas opções terapêuticas. Surgem agora novos desafios, como o impacto na qualidade de vida no número crescente de doentes e é neste contexto que é criada a bolsa de investigação clínica, com o intuito de aprofundar o conhecimento da Leucemia Mieloide Crónica.

Esta bolsa visa reforçar o nosso compromisso para com a investigação no campo das doenças hemato-oncológicas. Ainda que relativamente rara, a LMC preocupa-nos pelo seu carater crónico e pelo impacto que tem na qualidade de vida dos doentes. Neste sentido, consideramos fundamental continuar a apoiar e incentivar a investigação clínica nesta doença.

Manuel Abecasis, Presidente da Associação Portuguesa Contra a Leucemia

Nas últimas décadas tem-se vindo a assistir a significativas mudanças na história da LMC com o aparecimento de novas opções terapêuticas. Hoje em dia o número de pessoas que vivem com esta doença é cada vez maior, mas felizmente a esperança média de vida destas pessoas tem também vindo a crescer. Esperamos, assim, que esta bolsa estimule projetos de investigação que nos ajudem a enfrentar o desafio que hoje se coloca – diminuir o impacto da doença na qualidade de vida dos doentes.

João Raposo, Presidente da Sociedade Portuguesa de Hematologia

Apesar de a LMC ser uma doença rara, surgem cerca de 1-1,5 novos casos por ano em cada 100.000 habitantes. Em Portugal, estima-se que surjam aproximadamente entre 100 a 150 novos casos por ano, representando cerca de 15% do total de todas as leucemias. Geralmente é diagnosticada entre os 50 e os 60 anos de idade e muito rara na infância.

Todos os projetos subscritos por investigadores nacionais ou estrangeiros a trabalhar em instituições portuguesas e com formação profissional e/ou académica superior podem ser candidatos, e serão valorizados aqueles que são de caráter multidisciplinar e de colaboração entre várias instituições.